O polêmico gol não marcado da Inglaterra

Pois é cabeçudos, aconteceu de novo. O futebol presenciou mais um erro de arbitragem capaz de influenciar decisivamente o rumo de uma equipe e o pior, em um campeonato entre seleções que só ocorre a cada quatro anos. Foi no jogo entre a Ucrânia e Inglaterra pela Eurocopa. A Inglaterra vencia por 1x0 quando a Ucrânia alcançou o gol de empate que não foi marcado pelo juiz, erro o qual não foi evitado mesmo com dois árbitros posicionados ao lado de cada barra com a única missão de tentar evitar que esse tipo de falhas ocorram.

É verdade que no lance em questão o jogador ucraniano estava em posição de impedimento que também não foi marcado pela arbitragem, mas ainda assim foi o suficiente para reacender a discussão a respeito do uso da tecnologia no futebol mas especificamente a respeito do tão falado chip na bola. E se você levar em consideração que em muitos outros esportes, como o futebol americano e até mesmo o basquete, os árbitros fazem uso das imagens geradas pela televisão para poderem tomar decisão sobre lances polêmicos, por que não aplicar algo parecido no futebol?

O meu amigo Fred fez um excelente texto no Papo de Homem onde explica detalhadamente a razão da International Football Association Board, uma associação inglesa responsável por mudar as regras do futebol (gerenciada por uns senhores de mentalidade conservadora), não ser tão favorável a mudanças e, consequentemente, a implementação de aparatos eletrônicos no futebol. Mas desde o fatídico lance no jogo entre Inglaterra (sempre ela) e Alemanha que ajudou a culminar na eliminação do time britânico na Copa do Mundo de 2010, a IFAB começou a prestar mais atenção ao problema e aprovou em 2011 que se fizessem estudos para aplicar a tecnologia no futebol.

Com a carta branca da IFAB, a FIFA contratou várias empresas para criarem uma tecnologia capaz de não deixar qualquer tipo de dúvida se a bola passou completamente ou não a linha de gol. Entre as propostas mais interessantes e que foram aprovadas para a fase final de testes estão a que usa uma tecnologia de triangulamento de câmeras capaz de rastrear a posição da bola no campo e uma outra que cria um campo eletromagnético dentro da baliza e um chip na bola! O vídeo acima mostra os testes conduzidos pelo EMPA (sigla em alemão para Laboratório Federal Suíço de Ciência e Tecnologia de Materiais) para avaliar a confiabilidade e precisão de cada tecnologia. =D

Aparato tecnológico do futebol testados em um campo de treino

Mas engana-se quem acha que veremos isso amanhã no futebol. Ambas tecnologias ainda passarão por um exaustivo processo de testes além dos mostrados no vídeo acima. Entre os quais estão um teste com jogadores reais, outro em treinos, depois mais testes em laboratórios com diversas condições climáticas para só então chegar em jogos de verdade. O primeiro teste em um jogo real foi realizado na final de um campeonato inglês de futebol amador. Além disso ele também foi testado num amistoso entre Inglaterra e Bélgica mas sem influenciar no resultado da partida, apenas os cientistas tinham acesso aos dados que serão apresentados em julho para que o IFAB tome uma decisão se aplicará ou não a tecnologia nas regras do futebol.

Se tudo correr bem, é muito provável que vejamos a tecnologia aplicada na Copa do Mundo de 2014 no Brasil. Mas ainda assim existem aqueles que defendem a ausência da ajuda eletrônica e citam a importância do julgamento humano para tornar o esporte ainda mais imprevisível. Eles alegam que a falta desse tipo de emoção pode afastar alguns torcedores afinal, todo mundo sabe que metade da torcida vai a um estádio de futebol apenas para xingar o árbitro. Já pensou um jogo de futebol sem a mãe do juiz ser importunada?! Pois eu acredito que não estamos muito longe disso e como bom nerd que sou torço por isso! E você? O que acha? =D

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